ESCOLA PARA OS NOVOS TEMPOS


27. O ENSINO  CONSCIENTE
O ensino consciente nada mais é do que "fazer o aluno entender". Apostar na inteligência do aluno, desenvolvendo-a. Inculturar o discernimento e a reflexão da sabedoria. Ensinar para uma elevada compreensão que leve o aluno a uma liberdade  de expressão e lhe proporcione um futuro com  qualidade de vida  e geração de  progressos.
Para isso, o ensino consciente trabalha  sistemáticamente em etapas  adaptadas  às matérias  curriculares desde D1(creche) até ào ultimo ano de formação universitária, as seguintes prioridades:
1. Coordenação do pensamento
2.Criatividade
3.Responsabilidade e respeito
4. Ética e estética
5.Interpretação na leitura e na escrita
6.Comunicação, integração social, religiosa e trabalho de grupo
7.Resolução de problemas da matemática, da física e da química, tanto oralmente quanto escritos, propostos ou recebidos.
8.Entendimento e resolução de conflitos familiares e sociais
9.Consciência crítica, humana, política e social, para as opções conscientes
10.Planejamento, organização do trabalho e sistema kardex

Estas prioridades descritas acima, são formativas, posturais e comportamentais. Também são educativas na formação do futuro profissional. E devem ser intercambiadas com a família, num gesto de cooperação da escola na educação familiar onde o eluno deve ser educado para a vida.



ÉTICA  DA SISTEMIA E DO LUDISMO
Convenhamos que uma escola não deva ser como “a casa da mãe Joana”.
Para  podermos perceber quando Manoel Bandeira diz: “entre, Irene... a casa é toda sua !” é preciso que a Irene haja passado por um ensino lúdico e uma educação sistêmica, quer familiar, quer escolar ou comunitário.


A educação sistêmica, ensina a pessoa a se situar na vida. A saber passar pelas situações sempre respeitando para ser respeitada. Como diz a oração de São Francisco de Assis, amar para ser amado; pois é dando que se recebe. São Francisco não se refere à paixão ou aos clamores dos sentidos, mas a um relacionamento de almas e de amor.

Por isso, na famosa poesia Irene diz : “com licença ?!”. A poesia e a oração são formas sistêmicas de ensino. A Palavra de Deus, a palavra e a postura dos educadores e seus exemplos de vida  também constituem  sistemia . Jesus Cristo dava ensinamento sistêmico através de parábolas ou exemplos para serem mais bem entendidos.

SISTEMIA-  Termo usado para diferenciar “hábito educativo ou cultural” do antigo condicionamento que era proposto para o ensino. O ser humano não deve ser condicionado; ele precisa compreender o que está fazendo.
                     
Infelizmente, nos dias de hoje, nota-se que no ensino tanto familiar ou doméstico quanto nas escolas está existindo uma contrasistemia, ou seja, a adoção de pseudo filosofias, moral distorcida ou pela arraigada abertura dos parâmetros da moralidade.

O pior, é que tudo isto se torna oficializado... e depois? Como é que se interpreta e se aplica a lei ? Se um policial possui uma família inadequada, como irá  adequar cidadãos ? Numa família disfuncional, se pai ou mãe são inadequados, como irão adequar seus filhos? Aliás, para este caso existe lei que protege a criança e a retira da guarda dos pais.

Porém, para onde irá a criança? O que escolher: Pais inadequados ou lugares inadequados?  Vínculos sanguíneos e de procriação sem educação ou  educação sem vínculos familiares?

Mas e se um professor é inadequado, como irá adequar seus alunos ? Os exemplos, são transportáveis e contagiosos nas várias sociedades.  Mas também como um professor pode educar se os “direitos humanos” são mal interpretados por algumas famílias de alunos e que apesar de humanos, não teem deveres?.

A Lei e muitos pais desabonam e até punem os professores que por isso perderam a autonomia na sala de aula!

O que dizer de uma Assembléia Legislativa que vive lucrando com CPIs lavadoras de roupas sujas e desmoralizando o país e os brasileiros com suas pseudo intenções moralizadoras?

Se “lá em cima” a ética e o tão falado decoro parlamentar são exercidos de forma  pseudo filosofada para atrapalhar o governo e ganharem apreciação política de um povo mal  politizado por ser mal educado e por isso vota mal, chegando a ponto de travar o desenvolvimento social do país; o que dizer do ensino?

A terrível luta do povo pela sobrevivência faz com que este povo aposte mal  e se deixe convencer pelos demagogos de mais alto gabarito.

O que dizer da chuva noticiosa dos jornais que encharcam o cérebro dos leitores, ouvintes ou telespectadores “sem consciência crítica”?  O resultado é todo este panorama nacional.

Não quero falar de política, mas na verdade, quando a sistemia, nos vários setores da vida nacional decai, todo o país decai. E a queda é provocada pelas sucessivas contrasistemias que vão rolando por várias fontes e passando de geração em geração até chegar ao estado geral  de verdadeiro caos.

 A sistemia é muito importante para o desenvolvimento cultural das gerações futuras e a inclusão global. O fato é que num país com baixo nível cultural ou país de terceiro mundo ou país em desenvolvimento, não se pode adotar leis que vigoram muito bem nos países desenvolvidos, porque o povo não está preparado para viver uma realidade que não compreende.

A melhoria do ensino só por si não é suficiente. É preciso que hajam bons professores e que hajam leis que moralizem as escolas. É preciso elevar o nível da sistemia.

O nosso povo brasileiro ainda vive a psique do colonialismo que é quase pura no interior e reversa nas grandes cidades. Digo isso, porque ainda se observa que na cidade “Eles ainda usam black-tay” e no interior ainda  almejam viver de “imitações dos hábitos dos antigos reis e senhores” para se impor como pessoa importante e  ultrapassar a fraqueza e o medo da punição ou da revanche ou das vinganças que continuam existindo como forma de poder.

E não só como tradição ou cultura popular, mas no dia a dia como se isso ainda fosse o auge da vivencia colonial brasileira que se transformou num colonialismo popular, como sendo um mal que ainda perdura em plena democracia: O colonialismo disfarçado.

Em pleno século XXI, já se deveria saber viver uma qualidade de vida correta, sem pompas e sem desperdícios, sem lutas pelo poder, sem autoritarismo, sem autopromoções, sem os vícios de caráter, sem medos, sem provocar  exclusões e sem desigualdades.

SISTEMIA É EXEMPLARIDADE .
A escola é uma comunidade, composta por alunos e suas  famílias, professores e famílias de professores. Por que não viver uma escolaridade autêntica ? A educação não deve ser uma forma restrita mas sim uma forma ampliada de conhecimentos.  Ora, aqui chegamos em testemunho e participação.
Devemos dar testemunho na participação e participar dando testemunho. Não há controvérsia.
                          
Dar testemunho na participação é a forma passiva de participar ou seja, usufruindo do evento de maneira responsável e respeitosa. Como por exemplo, comparecer com a família e se puder levar convidados;  com sobriedade, muita educação e boa apresentação.
                           
Participar dando testemunho, é a forma ativa de participar ou seja, contribuindo de alguma forma. Como por exemplo, executando algum trabalho voluntário que a direção da escola lhe tenha confiado.
                           
A escola não deve ser apenas o lugar onde se estuda. Mas o lugar de formação para a vida incluindo a formação da cidadania, da profissionalização, do aprimoramento pessoal e do aprimoramento profissional.

Por isso deve trabalhar dentro de ações interdisciplinares interativas e interrelacionais. Isto equivale a dizer por exemplo, que a escola não é lugar de simples festas, mas de eventos culturais.
                           
Quero observar que a aplicação de todas as 09 fases da DIDÁTICA PARA OS NOVOS TEMPOS  forma uma  ESCOLA SISTÊMICA.

O  LUDISMO 
O ensino lúdico revela o aprendizado através da brincadeira. Mas ludismo não é só brincadeira. Pode ser também um trabalho sério, porém divertido ou  prazeroso. E  uma poderosa terapia para o aprendizado.

Na  educação familiar, o aprendizado se dá muitas vezes através do ludismo. É aquela brincadeira de boneca que começa a revelar o sentimento da criança que vai necessitar de ser trabalhado através da sistemia da família. Quando a criança  demonstra que sente prazer em destruir a boneca ou o brinquedo, é hora de receber mais afeto e apreciar o amor da família.

Por outro lado, neste caso, o ensino lúdico poderá entrar em cena através de “a mamãe ou o papai,  brincar com a criança”. Brincando de reconstruir a boneca, colar as partes, fazer roupinhas, dar banho, vestir, passar perfume, afagar, ninar, colocar a boneca no berçinho, etc. e demonstrando sistemicamente  para a criança uma exemplaridade de ser humano.

Ensinar também que alguém produziu aquele brinquedo e que custou horas de trabalho, paciência e determinação. Que embora não se conheça a pessoa que o fabricou, deve-se respeito à sua arte. Papai e mamãe também dependeram de trabalho para comprar aquela boneca e que o presente foi dado com muito amor. E o amor deve ser sempre retribuído com amabilidade.

Na escola consciente, não há ludismo sem sistemia e nem sistemia sem ludismo. Porque sempre se faz ou realiza alguma coisa e sempre se exemplifica e dá continuidade vital a tudo o que se faz.

A criança não vai apenas construir uma casinha de papelão. Irá pintar a casa porque a casa onde ela mora deve ser pintada, nem que seja de cal. Irá depois criar uma vassourinha para varrer a casa, fechar a porta com cuidado para não bater, abrir a porta para entrar dando bom-dia! Abrir a porta para uma visita esperada dando as boas vindas. E também aplicar o conteúdo escolar naquela casinha.

De maneira mais aperfeiçoada, porém com os mesmos valores morais, será feita daqui a alguns anos, talvez pelos mesmos alunos, uma maquete no curso de engenharia.

Assim, ludismo e sistemia estarão presentes em toda a vida familiar e escolar do aluno. Estes valores serão levados mais tarde para a constituição da sua nova família e para o seu desempenho profissional. Afinal, viver a vida é sistemia e executar trabalho com prazer é ludismo.

Através do ludismo, pode-se observar a psique do aluno e reconstruir ou dar novo sentido à sua compreensão da vida.

28. A ESCOLA CONSCIENTE
Hoje em dia, os professores não devem mais se apegar ao quadro negro e ao giz. O ludismo está aí  acrescido de materiais mais modernos e da especialização da tecnologia. Hoje os professores precisam dar aos alunos uma atenção mais individual ajustada a uma visão global, personalizada e especializada, fazendo jus aos novos tempos. Para isso, nada melhor do que faze-los trabalhar ao invés de apenas ficarem olhando extasiados sem raciocínio e muitas vezes sem entender nada do que o professor explica no quadro.

A escola consciente, ou seja, o ensino lúdico e sistêmico, evita que o aluno fique carregando mochilas cheias de materiais e prejudicando o desempenho da mente, pelos incômodos e pelas dores físicas. O trabalho de casa se transforma em pesquisa ou aplicação prática. A pesquisa se torna eficiente na medida em que o resultado poderá ser transmitido muitas vezes de forma oral e aplicado no trabalho em sala de aula. Na aplicação prática o aluno leva para casa um trabalho que poderá ser aplicado na própria casa, dando aos pais a oportunidade de mais uma co-participação com consciência.

Para os professores, o ensino consciente irá diminuir o trabalho das avaliações e aquela enorme quantidade de provas que costumam levar para casa, tirando-os dos horários que deveriam dedicar à vida do lar e do costumeiro estresse docente.

Na escola consciente, Em vez da tão enfadonha ”chamada de presença”, cada professor deverá possuir um diário de avaliação do desempenho diário do aluno em relação ao conteúdo dado em sala de aula.

Na escola consciente, não se usa a palavra “reprovação” ou “nota baixa”. Aqui o aluno irá rever o conteúdo quantas vezes forem  necessárias  até a conclusão do aprendizado daquele mesmo conteúdo.

Na revisão de conteúdos não entendidos, não se deverá perder tempo atrasando a matéria por causa de alguns alunos. Aquele conteúdo mal entendido, deverá ser associado a outros conteúdos e aplicado novamente para todos, até que o professor observará que os não entendidos estejam aprendidos. E os que já haviam entendido, ficam reforçados.

No diário de avaliação deverá constar os modos:
                                                        e =  entendido
                                                        r  =  revisão do conteúdo daquele dia


DISCIPLINA___matemática_______ PROFESSORA_Maria Antonia Soares_________
Conteúdo:__As 4 operações                 TURMA: 1ª A-  D3      _mês__5____ano_2011 __
Nome do aluno                       dias do mês                                                                    geral
                                             1   2 3  4  5  8  9 1011121516171819222324 2526 2930
 José Carlos Silva                
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Que bom se o diário de avaliação estiver todo cheio de “e”. Significa que o professor também possui uma boa didática e um ótimo grau de desempenho profissional..

Ora, mas nem só de pão vive o homem! Os alunos também deverão prestar exames trimestrais. Só que os exames serão escolares e não de classes.

A escola formada por uma comissão de professores, deverá elaborar as diferentes provas de raciocínio com gabaritos que serão inseridos num programa de computador. As diferentes provas deverão ser copiadas na ocasião, misturadas e distribuídas pela turma.

Exemplo:
As 2 turmas de D7, manhã e tarde, virão fazer teste de Português, Matemática e História, no próximo sábado, dia 30 de maio, das 08 às 11 horas.

A correção das provas deverá ser feita pela mesma comissão de professores ou por uma funcionária gabaritada e nomeada para este trabalho. Ou até mesmo pelo programa de informática. 

Haverá repetência? Não! Oficialmente, não!
Haverá revisão de matérias das classes anteriores até que o aluno se encontre apto a concluir todas as etapas de D1 a D8. Assim, o próprio aluno será responsável pela sua aplicação ou  pelos transtornos que representam “as dívidas de matérias”.

Numa escola consciente,  deverão ser muito raros  os alunos devedores de matérias, porque a abordagem didática é muito eficiente.

Nos provões do MEC, os alunos e suas respectivas escolas deverão mostrar eficiência e um desempenho sempre crescente.

Os programas de incentivo e ajuda financeira aos alunos, deverão continuar existindo, visto que muitos alunos pobres poderão cursar faculdades particulares como direito de escolha. Até porque a escola pública não ficará nada a dever em eficiência. Apenas deixará de ter razão de existir as provas de seleção para as universidades.

E por falar em faculdades particulares, todo o ensino público deverá priorizar e garantir a matrícula dos alunos cujos pais tenham renda inferior a  xis e que de D1 até D3 hajam feito os cursos de pais na escola da comunidade.

Se até D3 o aluno tiver de ser transferido por mudança de  comunidade, os pais deverão fazer outro curso de pais na outra escola. Isto porque cada comunidade tem a sua particularidade cultural.

Claro, toda comunidade deveria ter uma escola decente e de acordo com a sua realidade populacional, com classes de D1 a D7.  Isto evitaria o transporte escolar e as preocupações da família com os transtornos dos deslocamentos.

Creio que  com o desenrolar da aplicação da escola consciente, o tempo se encarregará de mostrar aos governos a importância  de uma educação que desenvolve o cidadão, capacita-o para a vida,  profissionaliza, aplica as verbas com eficiência e ao mesmo tempo economiza para que esta economia volte para o desenvolvimento do ensino.


MÁ INTENÇÃO
Mc 7, 1-23
É interessante observar como as pessoas que vivem ainda no processo de uma cultura subdesenvolvida (que manteem os hábitos do colonialismo brasileiro ou a ignorância do passado) ou que ascenderam socialmente dentro do subdesenvolvimento; não sabem aceitar as verdades que as possam levar ao desenvolvimento. Por que é muito mais cômodo viver na forma do pensamento ultrapassado ou do pensamento subdesenvolvido.
Como vivem estas pessoas?  Quem são?  Como são?
_ Aquelas que humilham os outros, são discriminadoras, inconseqüentes e irresponsáveis.
_Aquelas que usam os outros para adquirir lucro próprio em detrimento do bem estar e do direito do outro.
_Aquelas que punem os outros, falam mal e fofoqueiam mesmo sem conhecerem a verdade acerca do que dizem. Fazem justiça com as próprias mãos. São as falsas justiceiras ou as justiceiras do imaginário.
_Aquelas que dão ajudas e coisas, mas não sabem doar (dar sem preconceito e sem fazer propaganda da sua bondade)
_Aquelas que não respeitam a humanidade e nem a vida do outro e não são capazes de sacrifícios à bem do próximo. Mas querem o sacrifício do próximo à bem de si própria.
_Aquelas que se acham acima do social, do bem e do mal.  
_Aquelas que costumam dizer “o que interessa é ser feliz”.
O padrão atual de desenvolvimento requer que as pessoas saibam pensar ou que possuam um pensamento puro. Por que é o pensamento que organiza a linguagem e consequentemente o comportamento em todos os itens da vida
Devemos nos habituar a pensar e assim introduzir na nossa cultura o conhecimento sistematizado de que desenvolvimento não é riqueza material, mas sim um estado geral de sistemia de bem estar em inclusão social e qualidade de vida.
Aqui no Brasil, como a língua portuguesa é muito rica em expressar sentimentos, torna-se necessário organizar a forma de pensar para poder dispor de uma linguagem correta e com a qual possamos dizer exatamente o que queremos.
Quando a linguagem entra  durante o processo coloquial em geração de contrasistemia da palavra (gíria, falsa ou má colocação) acaba produzindo ao longo do tempo a decadência comportamental que leva às dificuldades do entendimento; da própria vida e até a uma certa marginalização da pessoa. Dizer o que não deveria ou aquilo que não gostaria de dizer, é algo que freia a própria intelectualidade.
A pureza da alma tem muito a ver com “educação”.  Pecado é “má intenção”. E quem pode não ter má intenção quando a educação é precária?